Eu não escrevo para preencher ninguém
Escrevo para me esvaziar
Como um balão
Cheio de ar
Que rapidamente ganha velocidade
Sobe e cai
E logo,
Estará cheio novamente
Santo homem está a nossa espera
E o que o move
Não sabemos ao certo
Após tantas provações
Ainda sim é testado
E a dolorosa rotina da vida
Se apaga (ou se reescreve)
Num simples sorriso
Me pergunto:
Como será possível?
A quem chame de coragem,
Fé ou resignação
Mas o que me conforta
E ver seu conforto
Mesmo diante do inconsolável