Fico pensando
Nos meus dez anos
No tempo em que
Os problemas tinham
A dimensão do mundo
Mas eram pequeninos
Penso nessa pequenina flor
A quem chamo, gentilmente
De "Suvaco"
E ela responde
Como quem a chama
Pelo nome
Sinto que ela vê
O enorme carinho
Que disponho a ela
E essa princesinha
Brigava sempre pelo trono
Agora sua luta é outra
Uma luta covarde e injusta
Lembro daquele doce sorriso
Pequenino sol
E me sinto confiante
De que tudo findará
Ao despertar
E "Suvaco" estará brigando
Novamente, pelo seu trono
(que sempre será dela)
Diante de baquetas
Uma cadeira
Giratória e acolchoada
Com certeza é um trono
E não precisa
Ser criança para saber
Já o velho Rei
Não reina mais
O tempo empoeirou
Já não se vê o reino
Nem as flores
E janelas
Ao velho Rei
Fica apenas
O bem me quer
Tantos tributos pesados
Rendem fortuna
Fardo que não se pode carregar
Rogo a ti
Pai
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