quarta-feira, 30 de março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

"Veja bem meu bem"

O meu livro não trás a minha face
E apesar de pensar que ando sumindo
Sinto que estou redefinindo quem sou
E é tão difícil dizer
Pois o mundo gira e nos carrega
E já não somos mais
Quem erámos

Eu sou aquela fração de segundos
De sua desatenção
Quando passas por mim
E não me ver
Ao ouvir minha voz
Se confunde
E pensando em mim
Não vê meu rosto




Socorro, o piloto sumiu!

Quando eu tinha cinco anos tive que me preparar para um grande voou. A primeira viagem de avião a gente não esquece, mesmo tão pequenino. O imaginário de uma criança é um "barato". Assim, ao saber que viajaria de avião chorei copiosamente. Acreditava eu, que viajaria num mono-motor da Segunda Guerra Mundial. Quando vi aquela máquina enorme, as lágrimas cessaram e um suave sorriso de canto de rosto se desenhou em minha face. A falecida Transbrasil me gerou fortes emoções, principalmente na turbulência que peguei no sanitário, quase partir o rosto no espelho.

Em 2007, viajando com meus "filhotes" para Floripa peguei uma turbulência e não achando pouca a emoção, o avião arremeteu em Guarulhos. Lembro que as pessoas aplaudiam quando o avião aterrissou. Em Florianópolis vi a aeromoça largar o carrinho (com meu sanduíche) para correr até sua poltrona. Mas nada disso chegou a ser um susto. Agora em março, retornando de Sampa pegamos uma turbulência (se é que foi turbulência, pois houve uma queda brusca de altitude) que me fez pensar que iria morrer. A coisa foi drástica demais, porém rápida. Nunca tive medo de morrer, apesar de crer que entre "achar" que não tenho medo e me confrontar com esse "mal irremediável" tem uma diferença enorme. Dessa forma, não saberia dizer qual seria a minha reação (até aquele momento).

Na hora do susto, pensei comigo "vou morrer". Simples assim. Não pensei em ninguém, nem em coisa alguma. Não se passou um filme na minha cabeça, nem os sonhos que quero realizar. Apenas uma conformidade. Sereno fiquei naqueles milésimos de segundos. Ainda atônito olhei para o lado e vi, como um naufrago, dois faróis me fitando. Eu lia os lábios, mas alguém abaixou o volume, pois nada ouvia.

Quando me dei conta, estava conversando como se nada, absolutamente nada, tivesse acontecido. Agora, toda vez que me lembro do susto sinto um suave cheiro de hidratante.

A vida é sempre leal conosco.

Tem fogo?

Não me espere
Eu vou chegar mais tarde
Mais tarde do que de costume
Não se preocupe com o jantar
Apenas durma

Meu cheiro estará no travesseiro
E amanhã quando acordar
A primeira imagem que verá
Será o meu rosto

Não pense que foi cedo
Nem no que faltou
Apenas lembre-se...

domingo, 27 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Findou-se o que não tinha fim

Eu fui feliz
Com você
E não quis
Mais me ver chorar
Outras vez

De tudo que sonhei
Futuro que plantei
E que colheu em mim
Meus olhos viram
"Até o fim..."
Mas não foi assim

Se é pra dizer adeus
Digo a Deus que sim
Antes do fim

quarta-feira, 23 de março de 2011

É estranho sentir saudade
Saudade de um tempo
Que não mais existe

O meu tempo é agora
O que sinto
Nem sempre é o que permito
Sinto saudade
Mas não olho pra trás

Saudade da infância
De outrora
Mas a minha hora é agora
Seja o que for
Que seja, agora!

Mas quem sabe?

Quem não quer prazer?
Massagem,
Frank Sinatra,
Starbucks,
Brownie,
Só faltou sexo
E uma garrafa de vinho

Nem tudo é perfeito, mas quem sabe!?
:D

terça-feira, 22 de março de 2011

Saudade Dela

Ela me chama, me seduz e não consigo dizer não...
Apago a luz e me embalo
Fecho os olhos e me lanço sobre ela
Meus braços a tomam
E ela perante meus desejos silencia
Quando percebo
Puro sonho
O tempo é curto
Olho pro lado
E lá está ela
Inteira, completa.

Que saudade sinto da minha cama!!!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vagas para Estagiária e Trainee

Sabe, o bom de viajar com meus alunos é que não preciso ser professor o tempo todo. Dessa forma eles percebem que sou uma pessoa normal e isso me permite ser, ainda mais, o cara bem humorado que sou.


Há uma brincadeira que faço que eles fizeram ganhar corpo. Sempre que uma mulher muito bonita passa ela é logo intitulada "A Estagiária", risos! Quando a beleza e os demais atributos vão além do esperado, ela se torna "A Trainee", kkkkkk!!!.


O engraçado é que antes eu ficava dizendo "aquela ali daria uma boa estagiária", "já essa garante a vaga de trainee fácil, fácil...", "Ah! Seis meses como trainee contrato ela imediatamente". Tudo era um motivo para rir (e para admirar, confesso!). Mas agora; são eles que ficam me mostrando as "estagiárias" e as "trainee's". E como o sábio filosofo Sancka Coffee diz: "Eu sou pobre, mas me "diverto"!!! E como eu me "diverto" com isso. Rende boas gargalhadas... E não é que as vezes as supostas estagiárias deixam o "currículo" (olha a mente poluída ao ler isso, ok!?). Fico tão bobo quanto a brincadeira boba e tudo segue no tom inocente, com a simples finalidade de rir e procurar do que rir.


Por fim...


Aceitamos currículos.
A Direção
;D

Alguma coisa acontece no meu coração...

A Sé
A Língua
A Paulista
Av. de algum lugar
Caminho a caminho
De Café a um bar
Esse ar que me falta
Esse frio que me aperta
O calor se desperta
E depois se vai
A Árvore
As portas
As rotas
Avista

Rosa dos Ventos

Só o tempo me diz
Enfim
Quem bem me conhece
Sou eu
Bem sei o quanto senti
E aí
Eu chorei, me calei e sorri
Sigo assim

sábado, 19 de março de 2011

Dolce Luna


De onde estou eu vejo a lua
Vejo os olhos dela
Me vejo nesse olhar
E de repente não vejo nada
Nem mesmo a lua
A nos olhar

A Vida é Bela! O Sol, a Estrada Amarela



"A flor também é
Ferida aberta
E não se vê chorar"

Que pelo menos dure enquanto é carnaval


Amor, que nunca cicatriza
Ao menos ameniza a dor

Que a vida não amenizou
Que a vida a dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor
Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural
Uma, qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem
Mas que também não faça mal
Meu coração precisa
Ao menos ameniza a dor
Que a vida não amenizou
Que a vida dor domina
Arrasa e arruína
Depois passa por cima a dor
Em busca de outro amor
Acho que estou pedindo uma coisa normal
Felicidade é um bem natural
Uma, qualquer uma
Que pelo menos dure enquanto é carnaval
Apenas uma
Qualquer uma
Não faça bem
Mas que também não faça mal

Sinapses

Em Roma sentia o cheiro do chocolate
Ao chegar alquebrado
Sentia o aconchego daquele Nescafe
E os cabelos grisalhos
Me transmitia um forte Axe
A cada gole, um tempo
Pedia licença a geladeira
A cadeira que me leva e me traz
A fotografia em branco e preto
Eles preto e branca
Na laje a liberdade
Entre ele e o sol
O velho bugre
As festas de largo
Aquelas fotos perdidas
A vila, o recife
Patapata, brilhantina
Abafabanca
Derreteu!

Prainha, Itacaré-BA


Pensei em tantas palavras
Mas apenas lembrei:
Dá pra sentir a paz

A Sorrir

"A sorrir eu pretendo 
levar a vida
Pois chorando eu vi 
a mocidade perdida
Finda a tempestade
O sol nascerá
Finda esta saudade
Hei de ter outro 
alguém para amar"

sexta-feira, 18 de março de 2011

Soleira

Sentado, contava os carros como quem conta o tempo
As cores numa aquarela fria
Riscavam as horas
Manchando o silêncio da noite


E essa espera dolorosa
Consolo do desalento
Em mim forjou-se pedra


As luzes não cantavam o caminho
De olhos fechados
Construí a estrada
Pedra a pedra